O presente texto procura descrever uma experiência em extensão universitária implementada em 1989 pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (EBAPE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) por meio do Programa de Estudos em Gestão Social (PEGS). A atividade vem sendo desenvolvida ao longo dessas três décadas com a Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro e a participação de diversas instituições públicas de ensino superior no estado. Da tríade ensino-pesquisa-extensão, a extensão universitária tem sido percebida e praticada mais como atividade acessória do que como uma de importância no universo acadêmico. Um exemplo disso é a pequena divulgação de atividades extensionistas praticadas pelas instituições de ensino superior. A extensão é mais privilegiada pelas ciências agrárias, um pouco pelas ciências sociais e, com exceções, quase nada pelas ciências sociais aplicadas, como é o caso da administração. Nessa área de conhecimento, a difusão de saberes, dentro e desde o espaço universitário, está condicionada aos interesses na maioria das vezes subordinados à lógica do mercado ou à da eficiência burocrática, sem considerar a relação desse conhecimento com a sociedade e suas carências. A descrição aqui apresentada foi extraída do capítulo de um livro a ser publicado pela Editora FGV, Gestão social: um programa de ensino, pesquisa e extensão na EBAPE/FGV.
Autores: Fernando Guilherme Tenório
Publicação: 01/2020
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